quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Desabafo de uma escritora nacional


Desde que comecei a escrever, conheci muitos amigos escritores — alguns que também estavam iniciando na carreira — e começamos a compartilhar experiências. Um deles me disse que enviou seu original para uma editora muito famosa e sequer obteve respostas. O que é lamentável! Afinal, existem excelentes escritores brasileiros que infelizmente são colocados “nas gavetas” diariamente por não serem “conhecidos na mídia”. Isso me deixa profundamente chateada pelo fato de que não somente as obras, mas também os escritores são vistos apenas como negócio e não como gente. Contudo, não quero parecer uma pedra de tropeço. Eu compreendo que as empresas priorizam o lucro, sendo este o mais importante ponto para o seu crescimento. Assim, é normal que as editoras tratem seu negócio com fins lucrativos e não com uso da emoção. De qualquer forma, ainda assim, penso que as editoras grandes estão deixando a desejar quando o assunto é descobrir e valorizar os novos talentos.

Algo que acho bem interessante é quando um escritor envia um livro para determinada editora, ela toma conhecimento do seu conteúdo, se nega a investir na obra — com aquela mesma fatídica desculpa de que “seu original é muito bom, mas não está dentro de nosso plano editorial.” — e depois outra editora menor resolve lançar o mesmo original negado e este passa a ser um campeão de vendas. Com isso, temos plena certeza de que a vida realmente dá voltas. Aliás, isto ocorreu com a escritora J. K. Rowling, autora da série Harry Potter. (Confesso: sinto-me um pouco “vingada” com essas histórias... J)

Não quero apenas criticar; gostaria de deixar uma sugestão às editoras “famosas”: façam (mais) concursos literários, abram (mais) oportunidades para os novos. Com certeza, fechando as portas para os iniciantes, muitos talentos estão deixando de ser descobertos. E vocês, editoras famosas, estão deixando de lucrar. Aproveitem a Internet que hoje é uma ferramenta eficaz de divulgação, use as redes sociais, enfim; existem muitos diamantes esperando a oportunidade de receberem uma lapidação e se tornarem uma jóia de grande desejo de consumo.
Quanto a mim, aguardo a minha vez de ser lapidada...

(Kim Montebello)

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