Tonta sou eu
que novamente perdoei.
Perdoei, porque
não consigo guardar rancor
Rancor de mim!
Rancor de um
futuro esperado
após um presente
premeditado.
Perdoei-me sim!
Ouço o som das
algemas me detendo
e dos vizinhos
perplexos sussurrantes:
- Ela? Mas era uma
menina tão boa!
Sim eu era.
Talvez aparentasse
ser do bem,
Mas minh’alma
sempre ressoou a negridão.
A negra alma
passou a conduzir meus passos,
Quando no calar da
noite resolvi vesti-la.
Meu falso amor me
trocou!
Não foi digno
Cometeu, ele, um
crime maior!
Um crime que não
mata, mas, permite uma profunda dor.
Dor, esta,
agonizante
Cheia de encalços e
tropeços sangrentos
A dor que ecoou em
minh’alma negra
Fez-me traí-lo com
uma bala no peito.
(Kim Montebello)
Um excelente poema, Kim! Adorei! Meus parabéns pelo excelente blog! Um grande abraço!
ResponderExcluirObrigada, amigo, Guilvan Miragaya.
ResponderExcluirGente! Que poema lindo... Tocante, perfeito, demais!
ResponderExcluirSabe... não consigo guardar rancor também. Tonto sou eu! kkk'
Obrigado por comentar no meu blog
Abraços
Gabriel - Corações de Neve
Obrigada também pelo comentário Gabriel. Abração!
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